Tuas Horas


Quantos sais precisam
Para que o perfume corroa a água
E quantos aís precisam
Para que nas mãos saia teu cheiro de mágoas
Meus sais,no vidro translúcido evaporam
Minha pele sente o frescor das tuas horas
Meu relógio perene e pulsante
Sente teu âmago febril
Desde o luar que você partiu
Meus aís são rarefeitos
Roucos,loucos e imperfeitos
Sussurram e queimam da tua alma
Ainda levitando em meus desejos
Mudando a cor da minha aurea
Meus sais aos meus aís se misturam
Nessa água nua e pura
Que das minhas mãos escorrem
Sob o brilho da luz que me envolve
Desaguando tuas mágoas e meu ar
Nessa água que te espera
No meu mar.
®IatamyraRocha

Gueixa/Blog Prisma 







Comentários

Josette Garcia disse…
Que maravilha e poema, querida amiga poetisa! Emociona. Hoje resolvi passear por este castelo de poesias e notei que ainda não stava seguindo este seu blog. (Seguia o Prisma)... Já estou inserida. Vou percorrer seus devaneios! :)) Isso tudo merece uns livros, viu? Até mais!

Postagens mais visitadas deste blog

As mãos

Madrugadas

deja vu