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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Casinha branca

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Um dia claro na memória Toalhas de rendas e cheiros de jasmim Um céu amarelado,na janela da história Lânguidos olhares tiram o pó em mim. Sons de crianças com rostos de horizonte Mel de lembranças com cara de domingo Na saudade,rios claros sob minha ponte Versos em meu peito,como um sol surgindo. Uma casinha branca,como música de fundo Guardam sorrisos em meus pedaços Tempo que cai em mim como luvas Marcando delicadamente os meus passos. Somos feitos de tecidos das lembranças Nossos caminhos,são estampas à surgir Nossa roupagem é costurada com fios de esperança E na memória,há sempre um amor à florir. ®IatamyraRocha   Na Pele/Blog Prisma

A Poesia Invisível

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Fujo do monótono Do chão opaco Do leite ralo Da acidez do palo. A obscuridade do mundo Atrai-me,suga Com sua beleza esdrúxula De porte profundo. O lado simples e complexo Sem fronteiras e adornos O perfeito do universo Que passa pelos olhos. Um elo perdido Uma flor rara Um canto esquecido Um olhar que não cala. A sujeira do tapete Que a fome fere Que incomoda a elite Que o tempo mede. Fujo da lama  Que cheira nos palacios Onde Reis falsos Consomem a chama. Da ordem Do progresso Da desordem Que eu verso. Nas calçadas invisíveis Aos olhos de alto grau Um mundo sobrevive Feliz no seu caos. ®IatamyraRocha Hospital infantil Varela Santiago/Doações Casa Durval Paiva/ De apoio a criança com cançer/Doações

Tuas Horas

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Quantos sais precisam Para que o perfume corroa a água E quantos aís precisam Para que nas mãos saia teu cheiro de mágoas Meus sais,no vidro translúcido evaporam Minha pele sente o frescor das tuas horas Meu relógio perene e pulsante Sente teu âmago febril Desde o luar que você partiu Meus aís são rarefeitos Roucos,loucos e imperfeitos Sussurram e queimam da tua alma Ainda levitando em meus desejos Mudando a cor da minha aurea Meus sais aos meus aís se misturam Nessa água nua e pura Que das minhas mãos escorrem Sob o brilho da luz que me envolve Desaguando tuas mágoas e meu ar Nessa água que te espera No meu mar. ®IatamyraRocha Gueixa/Blog Prisma  

Ode a Natal

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Ao longe,murmúrios de conchas Sol a banhar-se no mar Crianças em sorrisos de ondas A paz que ecoa no ar. Mar que toca o céu Ponta que aponta o oceano Da tua terra escorre manã e mel Toques de sanfonas e pianos. Cidade do sol e de raça No Potengi pura graça O forte dos reis imponente Guardando a esquina do continente. Aqui os poetas se derramam Em versos,prosas e epopéias Aqui o sol e a lua se amam Em eterno espetáculo de estreia. Em natal nasce um poeta ao dia Trazendo a terra toques de magia Verte a vida com emoção Funde-se a esse chão meu coração. ®IatamyraRocha Imagem do rio Potengi Imagem do rio Potengi

Poesia obscena

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À verdade intensa Sai dos meus poros Na obscenidade que calo E que a poesia liberta. Sai nos fluidos insanos Ainda com teu cheiro Que em meu suor derramo. No roçar dos teus galhos E nas tuas flores doces Que bebo no falo. Na minha face selvagem Que doma o tempo Em sussurros e viagens. Meu vício é teu sagrado Teu corpo é meu gargalo. Dói-me essa vontade crua Pura e puta De te desenhar nua. ®IatamyraRocha