Sintam as plumas

"O prazer e a dor"- Leonardo Da Vinci

Podemos usar plumas
e todo veneno serpenteia
tateia pleno
na teia da rocha.

Ondas vão no vão
onde a areia brilha o céu
na crosta que desliza
a cinza caudalosa.


É assim o esqueleto
rasteja a estrutura
na altura do gueto
da árvore frondosa.

Corre e morre
túnel acima do cimo
e assim percorre
toda torre do sino.

Congruente na lauda
conclui os tempos
e sente o sagrado
enfada o calado.

Noigandres ele fala
e freguês perfuma a flor
e de cor colore a cor
andes e esse grande céu se for.

Verso e uno o universo
sou eu, é teu e meu
complexo o confesso
o amor também morreu.

E de braços abertos renasceu
a serpente indiferente cantou:
"O demente invejou o céu
doente sem natureza é dor."

Instinto é gema clara
se lapidando do bruto tinto
ofertando o vinho na vara
o extinto não valha eu sinto.


Simples essa poesia
tá no ar, no mar, é amor
de tão livre não fingia
suporta e tudo vê na elegia.
- Iatamyra Rocha 
"As palavras têm canto e plumagem."- João Guimarães Rosa.
 

Comentários

Suzana Martins disse…
poesia que me encanta, que me traz para perto do mar que tanto amo!!!

"Ondas vão no vão
onde a areia brilha o céu
na crosta que desliza
a cinza caudalosa."

Beijos querida!!!!^^
Iatamyra disse…
Olá Suzana, que no mar e EntreMarés estejam o Efêmero encontro da poesia repleta das asas tecidas dos sonhos, e assim nessa amizade de tempos que todo amor verse nossos dias.Bjs e inspiradora semana.

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