Sintam as plumas
"O prazer e a dor"- Leonardo Da Vinci
Podemos usar plumas
e todo veneno serpenteia
tateia pleno
na teia da rocha.
Ondas vão no vão
onde a areia brilha o céu
na crosta que desliza
a cinza caudalosa.
É assim o esqueleto
É assim o esqueleto
rasteja a estrutura
na altura do gueto
da árvore frondosa.
Corre e morre
túnel acima do cimo
e assim percorre
toda torre do sino.
Congruente na lauda
conclui os tempos
e sente o sagrado
enfada o calado.
Noigandres ele fala
e freguês perfuma a flor
e de cor colore a cor
andes e esse grande céu se for.
Verso e uno o universo
sou eu, é teu e meu
complexo o confesso
o amor também morreu.
E de braços abertos renasceu
a serpente indiferente cantou:
"O demente invejou o céu
doente sem natureza é dor."
Instinto é gema clara
se lapidando do bruto tinto
ofertando o vinho na vara
o extinto não valha eu sinto.
Simples essa poesia
tá no ar, no mar, é amor
de tão livre não fingia
suporta e tudo vê na elegia.
- Iatamyra Rocha
"As palavras têm canto e plumagem."- João Guimarães Rosa.
Comentários
"Ondas vão no vão
onde a areia brilha o céu
na crosta que desliza
a cinza caudalosa."
Beijos querida!!!!^^