Flores roxas

A voz das ruínas ecoa
Em águas plácidas a mercê do vento
Deixo o tempo me sussurrar flores
Aquecendo minha alma inquieta.


Bebo o ar e a luz
Que vem em pequenos nuances
Iluminando sombras que encolhem meus passos
Fecho os olhos e abraço o meu caminho ao mar.


Tenho medo do que me é revelado
Medo da morte que envenena meu sorriso
Medo de amar mais do que eu sinto
Choro todo o meu poema exalado.


O nó na garganta fecha o meu coração
Luto..Luto...Por mim mesma cheia de dor
Queria tanto a segurança das nuvens
A certeza de sonhos cor de rosa.


Mas, o sol esconde de mim o seu calor
Minha inspiração é só eu mesma
Translúcida e elucidando minha fé
Conta a conta com a minha esperança.


Piso nas flores roxas
Ouço o estalar dos galhos
A penitência invade meus versos
Um só sentimento me prende, amor.


Espero um dia claro
Um domingo ressuscitado
Meu mundo nascendo das cinzas
Um tempo transformado.
®IatamyraRocha
Versos puros / Maktub 



Comentários

Que bom poema, me fez caminhar conversando junto a ti.

Um beijo e boa semana.

Carmen.
Celso Mendes disse…
Quem bebe do ar e da luz há de soprar poesia no azul.

Belo, amiga!

beijo
Iatamyra disse…
Carmem minha amiga querida, obrigada pela caminhada que enRedam nossos passos em poesia...Bjs...
Iatamyra disse…
Olá Celso, obrigada amigo pelas palavras de uma docilidade impar, sua poética adoça minha alma..Bjs

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